Sil Curiati é paulistana, amante do Rio, 
                  ex-moradora de Miami, gosta mesmo é de viajar. 
                  Curte comes e bebes, é nos jantares que dá em casa que ouve os maiores  
                  absurdos publicados neste blog, e se inspira também. 
                  Vive com música nos ouvidos e nos pés.  
                  Um dia será dançarina e fará 
                  propaganda nas horas vagas.  
                  Vive sonhando acordada, como boa pisciana.                   
                  32 Carnavais, mais de 150 cidades no currículo. 
 
 
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            quarta-feira, 31 de março de 2010
             Observar as pessoas sempre foi um dos meus maiores prazeres. Escutar também. Adoro ouvir a conversa alheia em mesas de restaurante, por exemplo. Almoçar sozinha é bom por isso. 
 
A observação treina as percepções. Mas para isso, tem que ser aprofundada. Só o que está por fora não conta, tem que observar os modos e tons, a linguagem corporal, as pausas. As pausas são, quase sempre, as mais cheias de significado. 
 
Quando eu era pequena o meu pai dizia que, em sua infância, ele sentava e ficava observando as orelhas das pessoas, e morria de rir. Orelha é uma coisa estranha, se você parar pra ver no detalhe.  
 
Mas o legal disso foi aprender a olhar esses detalhes pequenos, que muitas vezes escapam às pessoas. Com a orelha observada pelo meu pai na infância, aprendi a notar a ponta do nariz que mexe involuntariamente, ou uma bolinha de gordura que surge nas têmporas em um sorriso, uma unha que está sempre muito mais curta que todas as outras, uma mancha que está presente em todas as camisas, no mesmo lugar, ou aquele amassadinho característico no porta-malas do Fiat Palio (todos tem, convenhamos). 
 
Observar ajuda a gente a se situar no mundo, no lugarzinho certo. Tira a cabeça do plano das ideias, sonhos e planos, e faz com que a gente viva aquele segundo e perceba em que contexto está, e como fazer parte dele. 
 
Nada mais saudável e relaxante. Eu recomendo.
  
            Servido por Silvia C Planet 
            às 16:35 . 
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            terça-feira, 30 de março de 2010
             Naquela manhã, escolheu a roupa mais despojada-chic que poderia. Uma camiseta branca, colete, lenço no pescoço. Jeans, bolsa grande, estilosa. Em vez da bota baixa, que seria o natural do seu dia a dia, optou pelo seu maior par de saltos. 
Seus cabelos estavam longos o suficiente, e conseguiu, por um dia inteiro, caminhar do jeito que imagina que Gisele caminhe. 
 
Gisele estaria mais confortável, sem sobra de dúvida. Saltos como aqueles não são parte do seu look diário. Mas para andar como Gisele deve andar, eles seriam indispensáveis. 
 
Gisele morreu na segunda. Na terça, Audrey foi a escolhida. 
 
Vestido rodado, acinturado. Sapatilhas, para dar o devido descanso às pernas de Gisele. Uma fita no cabelo e delineador, combinados a gestos comedidos e tom de voz baixo, elegante. Elegantérrimo. Dona do seu espaço, sem invadir o de mais ninguém. 
Ser Audrey deve ser assim mesmo, o máximo da educação e feminilidade. 
 
Mas quarta não seria um bom dia se Lily Allen não viesse quebrar paradigmas. Cheia de caveiras, metais e ilhoses. Um glam rock sexy e invasivo, aparecia porque se fazia aparecer. 
 
Era assim todo santo dia. Uma realidade diferente, uma nova mulher. Não compunha apenas o visual, mas toda a atitude, as palavras e gestos. Acionava pessoas que combinassem com aquele mundo, naquele dia. Não podia misturar as amizades, afinal de contas, amigas da Audrey não combinam com Lily, e vice-versa. 
 
Cada dia ser uma é muito melhor que ser ela mesma. Sem sal, sem personalidade, sem gostos, vontades, sem amigos, sem prazer.  
Não é fuga, apenas uma questão de escolhas.
  
            Servido por Silvia C Planet 
            às 19:22 . 
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