Sil Curiati é paulistana, amante do Rio,
ex-moradora de Miami, gosta mesmo é de viajar.
Curte comes e bebes, é nos jantares que dá em casa que ouve os maiores
absurdos publicados neste blog, e se inspira também.
Vive com música nos ouvidos e nos pés.
Um dia será dançarina e fará
propaganda nas horas vagas.
Vive sonhando acordada, como boa pisciana.
32 Carnavais, mais de 150 cidades no currículo.
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Eles tiveram a maior briga do mundo. Berraram um com o outro no carro, como nunca haviam feito. Estavam a caminho do restaurante japonês da moda, mas pareciam estar indo a um enterro. Ambos com cara fechada, ela nem se arrumou direito porque já saiu de casa em clima de discussão.
Chegaram debaixo de temporal. O rapaz do Valet veio buscá-la com um guarda-chuva, mas ela estava tão irritada que desceu rápido do carro e foi direto à porta do restaurante. Ele veio atrás, mais devagar. Essas coisas que homens fazem para irritar e ganhar tempo.
Pararam diante da hostess. Ele mudo. A hostess pergunta "mesa para 2?". "Sim", ela responde, já fuzilando o namorado com o olhar, porque isso é coisa de homem fazer, não de mulher, seu mal-educado.
São encaminhados à mesa. Ela prefere sentar-se encostada na parede. Ele à sua frente. As caras amarradas, não respondem nem ao boa noite do garçon.
Ele pediu um saquê, e nisso, ela levantou o olhar para captar, em seu radar, quem entrava. Uma loira de 1,80m, cabelos lisos e longos como suas pernas, à mostra num shortinho. Uma blusa com um decote indecente - sim, indecente para um restaurante que não é balada, e ela arriscaria dizer, indecente até para uma balada - deixando um par de peitos siliconados à mostra. "Será que ela nunca ouviu a lei da proporção? Curto embaixo, cobre em cima, e vice-versa?" pensava tensa e incomodada.
A briga tinha sido causada por ciúmes, e uma mulher seminua (e linda, tá bom...) aparecendo assim, sem mais nem menos, só pioraria a situação. Tudo coisa de cabeça de mulher. O cara nem olhou, nem viu, e ela já viaja, achando que ele está apaixonado e vai pular na gostosona assim que ela sentar.
Sentar? Onde? Tem certeza? Ao seu lado. Ou seja, na diagonal do namorado. Ai meu Deus. Os peitos à noite toda à mostra, combinando com o sushi. Tudo brilhante e suculento. Ela não poderia aguentar.
Mas ele nem deu trela. Não olhou. Obviamente viu, porque homem tem visão periférica melhor que a de mulher, normalmente (o futebol treina eles muito bem). Sabiamente preferiu fingir-se de morto.
De qualquer maneira, ela não podia deixar barato. Onde já se viu isso? Essa mulher ali, comendo sushi, do seu lado! Com aquela roupa! E cílios postiços? Ah não, é muito pra sua cabecinha.
Depois de umas quatro doses de saquê, e sem apetite para o peixe, aproveitou os minutos que ele usou para ir ao banheiro, pulou na mulher e estapeou sua cara, puxou seus cabelos e gritou feito doida.
Pegou sua bolsa e saiu correndo, ainda na chuva, pensando que a combinação briga e saquê foi a melhor coisa que tinha acontecido na sua vida, nos últimos tempos. Sempre teve vontade de bater numa mulher mais bonita e nunca teve coragem. Depois, nada de culpa. Se ela não se lembrar é porque não fez. Como disem os bons bêbados.
Servido por Silvia C Planet
às 10:41 .
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