Sil Curiati é paulistana, amante do Rio,
ex-moradora de Miami, gosta mesmo é de viajar.
Curte comes e bebes, é nos jantares que dá em casa que ouve os maiores
absurdos publicados neste blog, e se inspira também.
Vive com música nos ouvidos e nos pés.
Um dia será dançarina e fará
propaganda nas horas vagas.
Vive sonhando acordada, como boa pisciana.
32 Carnavais, mais de 150 cidades no currículo.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Desde pequenininha colecionava.
Começou com bonequinhas, aquelas da coleção Moranguinho, todas de cabelos coloridos e roupinhas cheirosas. Colecionou Ursinhos Carinhosos e Querido Pônei, também.
Sua coleção de Barbies era invejável. Sua favorita, a Barbie Rock, com roupa pink metálica e cabelos a la Cindy Lauper. As Barbies, por sua vez, colecionavam vestidos e sapatos em seus closets, porque filho de peixe, peixinho é.
Aos poucos foi mudando de interesse e montava pastas e mais pastas - todas extremamente organizadas - de papéis de carta. Sua coleção continha todas as coleções existentes, dos mais distintos modelos, formatos, cores, com brilho, com perfume, com relevo, com nada disso.
Paralela a isso, uma coleção de moedas começava a nascer. Só moedas, nenhuma cédula. Ouro, prata, bronze, todas as moedas que o Brasil já teve desde o seu nascimento. Fora as chinesas, as com buracos, as facetadas.
E cresceu colecionando. Colecionou bolsas, teve uma fase de CDs de MPB, outra de embalagens de balas importadas. Colecionava vidros de perfumes até eles ocuparem espaço demais no armário. Colecionou namorados, sendo que alguns anos não foram generosos mas outros, aumentaram a coleção rapidamente.
Hoje ela não tem mais nenhuma dessas coleções. Tem a memória do que era guardar, cuidar, proteger, preservar. Lembra do que sentia ao conquistar um objeto novo, mas a memória não vai além desse ponto. Porque na verdade ela nunca provou nada do que teve. Nunca viveu o conteúdo. Não trocou suas moedas por Barbies, não escreveu cartas com seus papéis, não montou um Querido Pônei com um namorado encantado, nem usou uma gota de perfume sequer.
Ela sabia guardar, e muito bem. Tão bem que perdeu tudo, inclusive seu tempo.
Servido por Silvia C Planet
às 23:10 .
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