Sil Curiati é paulistana, amante do Rio, ex-moradora de Miami, gosta mesmo é de viajar.
Curte comes e bebes, é nos jantares que dá em casa que ouve os maiores
absurdos publicados neste blog, e se inspira também.
Vive com música nos ouvidos e nos pés.
Um dia será dançarina e fará propaganda nas horas vagas.
Vive sonhando acordada, como boa pisciana.
32 Carnavais, mais de 150 cidades no currículo.


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domingo, 27 de dezembro de 2009

Eu sou do tempo em que a cidade de São Paulo era o melhor lugar do mundo para viver. Costumava dizer que jamais sairia daqui.
Gostava da bagunça levemente organizada. Do movimento típico da semana, o especial de sábado e o silêncio e o vazio de domingo.
As pessoas não saíam aos domingos. Tudo fechado, ninguém nas ruas. Era o dia da família.

Mas isso tudo já era. Agora, em pleno sábado à 1 da manhã, a (falta de) qualidade de vida na cidade dá provas de sua existência.

Há caminhões retirando caçambas na porta do prédio. Sirene e motor ligados, barulho infernal. Fora o que essas caçambas enfeiam as ruas. Cheias de entulhos, um lixo que de repente começou a surgir na frente das casas e que cresce diariamente em PG.

Em seguida vêm os lixeiros, e seu tradicional caminhão. Um trabalho ao qual já estamos acostumados, crescemos ouvindo eles passarem durante a noite. Meu pai fechava o vidro do nosso quarto, na Monte Alegre, pois o cheiro entrava empesteando tudo. Agora que moro no alto, uma coisa me incomoda mais que isso: os lixeiros berrando, uns com os outros, parecendo terem a clara intenção de acordar a todos (porque aos sábados a gente até está acordado, mas durante a semana, não).

Ah, e o Psiu não resolve, porque te deixa horas esperando ao telefone, até cair a linha.

Além disso, às 9 da manhã de sábado e de domingo, os rapazes da COMGAS ligam suas britadeiras e quebram as calçadas. Aqui, bem na minha esquina.

Isso tudo para falar de poluição sonora e visual.

Mas outro movimento crescente em SP é o das pessoas que acreditam serem donas da rua.

Há um pequeno comércio de água aqui na Sarutaiá. Todo começo de noite, eles enchem a rua de garrafões, ocupando 3 vagas de carros, para garantir a vaga da manhã de seu caminhão abastecedor.

Bem em frente, um caminhão de frutas passa o dia inteiro fazendo suas vendas sem pagar impostos, estacionado em local onde 2 carros poderiam parar. Até aí, é relativamente comum ver algo parecido. Mas, se você dá o azar de estacionar, à noite, na vaga que ele usa de manhã, seu carro amanhece riscado. Sim, de ponta a ponta. Como se o que você, cidadão pagador de impostos, estivesse fazendo algo ilegal e devesse ser punido através do estrago de um bem.

Dá pra viver feliz em um lugar assim? Eu, que era, possivelmente, a maior defensora de São Paulo, estou desistindo.

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Servido por Silvia C Planet às 09:02 . |