Sil Curiati é paulistana, amante do Rio,
ex-moradora de Miami, de volta à terra da garoa.
Curte comes e bebes, é nos jantares que dá em casa que ouve os maiores
absurdos publicados neste blog.
Vive com música nos ouvidos e nos pés.
Um dia será dançarina e fará
propaganda nas horas vagas.
Vive sonhando acordada, também.
30 Carnavais, mais de 120 cidades no currículo.
Nós, mulheres, demoramos anos luz para nos aceitar como somos. As exceções são ETs, mesmo. Porque se bobear, dizemos que nos aceitamos só para posar de bem-resolvidas... no fundo sempre achamos que algo poderia ser diferente. Eu, finalmente, aceitei a cor do meu cabelo (sim, ainda no tema cabelos). Já fui loira, pintei de preto azulado, fiz luzes, o escambau. Ultimamente tenho me olhado no espelho e achado sua cor perfeita, linda mesmo. Mas ironicamente, o destino me pregou uma peça. Quando resolvo estar contente com o que vejo, surgem os temidos fios brancos. O que me faz pensar que logo terei que pintar, e ficar testando cores, retocando... ai que bode!
Quando lhe cortaram os cabelos, Sansão perdeu a força. A menina, perdeu a poesia. Quase sentiu-se garoto, ao fitar o novo rosto no espelho. Aqueles 5 preciosos dedos deviam conter o seu poder de rimar, ou de ver a vida mais cor-de-rosa. Não no sentido de ter sido mais bela, mas certamente cheia de laçarotes, rendas e babados, como deve ser a de uma garota insaciavelmente romântica. Agora ela toma conta de coisas mais ríspidas: papéis, pastas, saúde, dinheiro,calendários. Tudo o que não faz parte do mundo que criou pra si, aquele que a ensinou a pôr as manguinhas de fora para voar. De vez em quando se inspira um pouco mais pela carência de alguém que demanda cuidados, mas no fundo sente falta de sentí-la e ser cuidada. A menina comeu muito espinafre e gostou de ser Popeye. Por um tempo, é verdade. Já está começando a pensar em deixar os cabelos crescerem de novo...